DESPORTO

Bento Kangamba atira-se contra Federação Angolana de Futebol: “está a agir sem pensar”

O clube desportivo Kabuscorp do Palanca decide, amanhã, a sua permanência ou não no Campeonato Nacional de Futebol da Primeira Divisão, vulgo Girabola, devido às atitudes do Conselho de Discplina da FAF.

A direcção do clube preparou para esta terça-feira uma conferência de imprensa, onde vai decidir a continuidade ou não no Girabola, porque, diz Bento Kangamba, a Federação Angolana de Futebol está a “agir sem pensar”, tomando decisões sem cabimentação.

“Também queria dizer o seguinte: a Federação está a agir de uma maneira sem pensar. As decisões são más e não têm cabimentação nenhuma.

Kangamba acusa a Federação Angolana de Futebol de nunca querer ver o seu clube na 1° Divisão, justificando que para se tirar ponto numa equipa tem de haver motivos sérios, e antes de o fazer o órgão reitor deve convocar o clube em causa, o que, lamenta, não tem sido o caso.

“Não se tira ponto só porque alguém escreve para a Federação a dizer que o Kabuscorp deve. Nunca essa Federação quis o Kabuscorp na 1°Divisão”, acusou.

Entretanto, Patricia Faria, do Conselho de Disciplina da Federação Angolana de Futebol, disse hoje à Rádio 5, que o Kabuscorp é o clube que detém mais de 50% das reclamações por incumprimento contratual.

De acordo com a responsável, a Federação não faz mais do que atender às reclamações de quem recorre ao órgão, lamentando que 80% das queixas receberam são sobre a equipa do Palanca.

Sobre outros clubes em situação semelhante, a diferença é que, refere Patrícia Faria, eles têm a maturidade, o respeito às imstituições, respondem às notificações.

Onde tudo terá começado
Recorde-se que no espaço de duas semanas, a Federação Angolana de Futebol (FAF) puniu o Kabuscorp do Palanca com a subtração de seis pontos no Girabola, por incumprimentos contratuais, nomeadamente para com o treinador português Paulo Torres e o seu adjunto Rui Oliveira.

Em julho de 2021, a FAF deu razão a Paulo Torres, que reclamava do Kabuscorp uma dívida avaliada em 29,3 milhões de kwanzas.

O clube deve também pagar seis milhões de kwanzas ao preparador físico português Rui Oliveira. O Kabuscorp tem inúmeras dívidas por acertar com ex-treinadores e jogadores já há vários anos.

No dia 18 de Fevereiro de 2022, a FAF proibiu o Kabuscorp do Palanca de inscrever novos jogadores por incumprimento contratual com o sérvio Zaran Maki, que treinou o clube entre 2012 e 2014, depois de já ter retirado três pontos à equipa, em Janeiro do mesmo ano, também por incumprimento contratual com o antigo guarda-redes José Delgado ‘Elber’.

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