Caso Encerrado! Filhos do ex-presidente não vão contestar arquivamento do processo judicial

Os filhos do ex-presidente José Eduardo dos Santos não vão contestar o arquivamento, pela justiça espanhola, da investigação sobre a morte do pai.
Segundo uma decisão de um tribunal de Barcelona divulgada hoje, a justiça espanhola arquivou a investigação sobre a morte do ex-presidente, confirmando que se deveu a causas naturais.
A decisão de um tribunal de Barcelona, na região espanhola da Catalunha, arquivou o processo ao concluir que José Eduardo dos Santos morreu naquela cidade de “causas exclusivamente naturais” no passado dia 8 de Julho, como já haviam determinado as conclusões iniciais da autópsia.
De acordo com a Lusa, um dos advogados dos filhos mais velhos do ex-presidente, numa resposta por escrito, disse que “confirmamos [a decisão judicial] e não vamos apresentar recurso do arquivamento”.
A investigação judicial foi aberta na sequência de uma queixa de alguns filhos de JES, que invocavam a possibilidade de o pai ter morrido por negligência nos cuidados que lhe foram prestados pelo médico pessoal e pela última mulher, Ana Paula dos Santos. Na decisão hoje conhecida, citada pelas agências de notícias EFE, Europa Press e AFP, o juiz refere que “as carências de indícios de dito delito, face ao relatório definitivo da autópsia e dos documentos de saúde integrados nos autos, conduzem ao encerramento provisório e ao arquivamento do processo”.
“Não existem elementos que permitam considerar que não lhe foram prestados cuidados em algum momento”, acrescenta a decisão do tribunal de Barcelona. Os advogados dos filhos mais velhos do ex-presidente, encabeçados por ‘Tchizé’ dos Santos, apresentaram em Julho uma queixa-crime que incluía eventuais delitos de “omissão do dever de socorro” e de “revelação de segredos”.
No dia 17 de Agosto, a justiça espanhola concluiu que José Eduardo dos Santos morreu de causas naturais e determinou a entrega do cadáver à viúva. Os filhos de José Eduardo dos Santos apresentaram recursos destas decisões, considerando que “apesar de a autópsia judicial ter concluído que a morte do ex-presidente de Angola se deveu a causas naturais”, havia “indícios” de que Ana Paula dos Santos e o médico pessoal do ex-presidente não adoptaram “todas as medidas necessárias e oportunas para garantir a sua plena saúde”.