Por: JdB
Dançarino profissional, Manuel Kanza reprovou a forma como constituíram o corpo do júri para dança do Festival Nacional de Cultura (Fenacult), alusivo ao centenário de Agostinho Neto.
A programação especial das celebrações da cultura nacional incluiu como membros do júri para dança o rapper Vui Vui, a actriz Micaela Reis e cantora Kendrah. Na opinião do coreógrafo e dançarino profissional de Kuduro e Afro, em concursos como estes, chamariam aqueles que realmente sabem dançar.
Para o professor de dança, muitos jovens olham para eventos como o Fenacult como a oportunidade das suas vidas, mas, a escolha de pessoas erradas para ajuizar tais concursos, acaba por matar o sonho destes jovens.
“Mas, vão logo escolher júris que não sabem dançar? Isso é como se fosse uma chapada na cara das pessoas que carregam talento. Isso só faz matar o sonho das pessoas que estão à espera de uma oportunidade para melhorar a vida”, classifica.
O coreógrafo, que agora divide a actividade de dança com a produção de documentários, deixa claro que não tem nada contra o rapper, actriz ou a cantora, pois os conhece e adora o trabalho que fazem. Apenas não concorda por entender que aí não é o lugar deles.” Mas este não é o lugar deles. Não fazem isso!”.
Há mais de 10 anos como dançarino profissional e com licenciatura em dança, como bailarino de Kuduro e Afro, Manuel Kanza participou em tournées nos Estados, Europa e em África.
